22/01/2007

CRÓNICAS SALAZARISTAS ENTRE "OS GRANDES PORTUGUESES" - 1º ACTO

Abro aqui hoje aquela que será a primeira novela bloguista de todos os tempos neste blogue. Essa novela mais não será do que descrever a "vida" do Shôr António entre os outros 9 portugueses que lutam pelo estatuto de Grande Português, a revelar daqui a 5 semanas.



O episódio de hoje fala-nos de um rapazola de 18 anos madeirense que entrou no ringue em Braga defendendo a sua federação, dizendo ser um fiel apoiante do Shôr António, entrando cheio de força com a convicção de um estudante de história, dizendo que o Shôr António foi um homem que deixou obra feita e que tinha a economía do país muito melhor do que está hoje.

Maria Elisa, qual desmancha prazeres, desferiu no meçoilo um upper-cut violento directo aos queixos (violência adulta sobre menores, uma vergonha) com um simples "Quando?". 1º periodo de silêncio... 5 seg... Maria Elisa força a entrada com um jeb de direita dizendo "Em que periodo da liderança de Salazar? No início, como Min. das Finanças ou já como Presidente do Conselho?". Aí, como que respondendo a "A raiz quadrada de de 1600 é 40 ou 400?", o Madeirense esquiva-se das cordas com um directo "No princípio!".

Maria Elisa não se desconcentrou e aplicou uma estratégia que se revelaria devastadora. Um golpe baixo directamente ao baixo ventre do seu opositor, que ficou claramente inferiorizado nesse momento (e só os homens percebem como dói um golpe no baixo ventre, apelidado normalmente de tin-tins). "E qual a sua opinião sobre a Guerra colonial, mantida durante 15 anos pelo regime Salazarista?".



Novo periodo de 5 seg de silêncio a encaixar essa joelhada. Quando o conterrâneo do Cristiano levantava a cabeça e dizia "... Ahhhmmmmm...", outra joelhada! "Guerra essa para a qual estaria neste momento destacado, certamente, visto que tem 18 anos?" Mais um gemido e uma murraça que arrebenta com o piano do atrasadinho: "Muitas famílias e muita gente ficou marcada com mortes, feridos e problemas que advieram da Guerra Colonial. O que pensa disso?"

Um gemido ("... aaahmmmm..."), mais cinco segundos de silêncio... e o criançola cai no chão, como se da Torre Sul do WTC se tratasse. "Pois... isso era chato... era mau...". O árbitro decretou knock-out, tal o estado em que ficou o menininho...



Maria Elisa foi má... Vil... Impiedosa... Esmagou o ídolo político de um menino metido a besta como quem diz a uma criança de 3 anos "o Pai Natal não existe e o Coelhinho da Páscoa também não!"

O Shôr António ficou meio "desasado". Diz-se que já começou a fazer assombrações a antigos agentes da PIDE para estes irem falar com a Maria Elisa... como se eles pudessem fazer alguma coisa agora, nos dias de hoje, o que se pode considerar um grande avanço... Eles deviam era ir dar uns açoites no pirralho e dizer-lhe "anda cá, senta aqui, porque no nosso tempo, a gajos que iam contra o Regime faziamos-lhe isto... e isto... não grites, pá... e isto... queres experimentar mais um bocadinho? Não? Mas eu mostro, de bom grado... e isto... mariquinhas pá, não chores... Mãe? Qual mãe? Essa já se foi, na sala ao lado... e isto... ah, e mais isto", para ver se continuaria a dizer que o Shôr António é o maior...



1 comentário:

Melody disse...

Pois...adoro quando "eles" começam a dizer hammmmmmm! Sabe tãoooooo bemmmmmmm!