24/04/2007

2 MINUTOS...

Imaginem que são candidatos a Presidente da República e estão no dia das eleições. A coisa corre-vos muito bem e faltam neste momento 2 minutos para as 19:00, hora em que oficialmente as urnas são encerradas. O voto electrónico é desde há muito um hábito (sim, porque isto passa-se num futuro longíncuo mas muito melhor que a actualidade, ao contrário do futuro apocalíptico que os americanos nos gostam de vender) e a mostragem da contagem instantânea nas sedes de campanha é uma realidade a todos os níveis interessante.



É precisamente neste momento, às 18:58, que o vosso coordenador de campanha diz: "Parabéns, Sr(a) Novo(a) Presidente da República Portuguesa! Neste momento só perde se as 250.000 pessoas que faltam votar se dirigirem às urnas e votarem todas no outro candidato!" É então que, de repente, os números do candidato opositor começam a subir de uma forma estúpida!

Entretanto, os vossos "Serviços Secretos" anunciam que a vossa mãe e o vosso vizinho do lado se dirigem para a urna! A tensão aumenta, pois faltam 10 segundos para fechar a urna. É então que a informação que chega é que a vossa mãe tropeçou e caiu escadas abaixo, quando está tudo empatado! 50% para cada um! E o vosso vizinho do lado, companheiro da "suecada" de longa data está a chegar à urna e... vota no outro! E assim se perde por um voto uma eleição ganha.

É frustrante, não é? Pois então imaginem como me senti no domingo, a vencer por 4-2 a 2 minutos do fim, sofrer dois golos em 1:30 minutos, atirar uma bola ao lado com a baliza aberta quando faltam 20 segundos para acabar e sofrer um penalty a 2 segundos do apito final... e acabar por perder por 5-4. Frustrante...


19/04/2007

MEMÓRIAS DE UM FUTEBOLISTA!

Em 1986, tinha eu 10 anos e estava sentado no sofá da sala com o meu avô! Nesse dia assisti em directo a uma obra de arte de um gigantesco jogador de futebol que deitou por terra, sozinho, as aspirações de 11 representantes de Terras de Sua Magestade. Esse pedaço de gente, um pirralho chamado Diego Maradona, pequeno em tamanho e enorme em talento, fez nesse dia aquele que é, até hoje, o Melhor Golo dos Campeonatos do Mundo de Futebol!



Um ano depois, em 1987, nascia também na Argentina um miúdo. Mais um que começou a jogar à bola na rua, mais um que foi jogar para um clube na terra, mais um com uns toques de bola jeitosos o suficiente para o Barcelona se interessar e o ir buscar ainda júnior. Muitos adeptos lhe chamam "O Novo Maradona".

Ontem, estava eu no meu sofá a ver as notícias, quando vejo, não em directo, mas quase, o tal pingente encardido, de seu nome Leonel Messi, pequeno em tamanho e enorme em talento, que nunca viu o Melhor Golo dos Campeonatos do Mundo ao vivo, fazer uma tremenda maldade ao Getafe, equipa da Primeira Liga Espanhola.



E agora? Será "o Novo Maradona"? Ou simplesmente... Messi? ;)

17/04/2007

ERA UMA VEZ NA "AMÉRACA"!



Imaginem um grande país. Um país onde haja petróleo, ouro, prata e bronze. Um país com sol, neve, frio, calôr, praia, montanhas, campo, deserto, montes, vales, planicies e estepes. Um país com brancos, negros, vermelhos, amarelos e cenouras.

Imaginem que nesse país quem lá trabalhasse ganhava uma pipa de massa e vivia em belas vivendas com jardinzinho relvado e garagem. Que todos os fins de semana os vizinhos se juntam para o churrasco e em que a vida é bela.

Imaginem agora que nessa beleza toda, vai não vai desvanecia-se, pois havia um gajo que chegava e queria dominar o mundo, que queria assaltar um banco, que queria dominar o mercado da droga ou somente chatear a cabeça de alguns. Só que normalmente, acaba sempre tudo bem, com muitos tiros, corpos, buracos de bala e coisas destruidas... mas bem.

Ontem vi mais um filme na TV. Filme bacano, cheio de acção, suspense, polícias, ladrões e, acima de tudo, sangue. É daqueles filmes de "índios e cóbois" dos tempos modernos, porreiros para devorar um balde de pipocas. História simples: um gajo entra numa Universidade armado até aos dentes (é real, o gajo tinha lança-mísseis nos dentes) de tal forma que certamente o Rambo aproximar-se-ia dele para perguntar "posso ser teu amigo?". Procura a ex-namorada, não encontra, entretanto um dos brincalhões que há em todas as Universidades dá-lhe uma bisnagadela num olho e o gajo solta a sua raiva, disparando em tudo o que mexia, desde pessoas a peixinhos no aquário! Depois apareceu o Steven Seagal e limpou-lhe o sebo, e tudo acabou bem!



Gosto destes filmes que acabam bem. Os polícias vão para casa, o herói é apagiado e o vilão é comido pelos bichos nojentos que normalmente "adoramos" esmagar com o pé. Mas ontem, depois de ver este filme, pensei: ora bolas, um gajo esquece-se de uma coisa! Em duas horas de filme morreram 33 pessoas, contei-as eu, às mãos de um só gajo! Tudo bem que eram figurantes neste filme, mas faz-me pensar... e se um desses figurantes fosse da minha família? O filme certamente não teria acabado tão bem assim.

A conclusão que tiro é a seguinte: gosto muito de ver filmes passados nesse país imaginário chamado "Améraca". Mas se existisse mesmo, acho que não gostava de lá viver. Parece que os seus habitantes (imaginários) vêem filmes em demasia...

11/04/2007

OS MANÓMETROS!

Nada como começar o dia com um telemóvel a tocar e a voz doce e terna da minha mulher a dizer: "Strik3r, o carro não pega! Nem abre, nem fecha e faz barulhos esquisitos." Lá fui até ao dito veículo, feito mecânico, andar a cuscuvilhar a ver se desencantava uma forma de pôr o bicho a andar. Claro está que 20 minutos depois já tinha desistido, pois finalmente lembrei-me que eu sou jogador profissional de futebol e não um mecânico mascarrado de óleo.

Depois de uma hora e meia em que passei por uma loja de artigos automóveis e duas oficinas, lá a coisa ficou resolvida, com uma bateria nova e uma facturinha que serve de garantia de 2 anos com quase 100 euros lá escritos, valor que esvoaçou do meu bolso por uma bateria e por terem levado uma bateria portátil ao local onde tinha o carro.



Longe vão os tempos em que um meçoilo como eu destravava o carro, dava-lhe um empurrão, enfiava-me lá dentro, engatava-se e toca a andar. Os automóveis de hoje são como os putos de hoje: dói-me aqui, não saio da cama. Quem tem a mania de ter carros pipís é assim, pois os bloqueios de motor, os cortes de corrente electrónicos, o alarme que desliga com 33 voltas de chave para a direita, 245 para a esquerda e 71 novamente para a direita e o comando que se se perde está-se literalmente lixado com F bem grande e preto.

Tudo isto porque a bateria, tal como o coito e a gravidez, estava interrompida, apesar de o sinalizador dar um radioso verde. Ou seja, a minha bateria estava como o morto pela Peste Negra no "Monty Python and The Quest for the Holly Grail" que gritava "I feel fine!!! I feel happy!!!".



Por isso, o moral da história é: todos aqueles que forem apanhados em excesso de velocidade, podem sempre alegar que o carro passou-se pois nos manómetros indicava claramente 120 km/h, e contam a história que já aconteceu a uma pessoa que conhecem ter uma bateria que indicava tudo ok mas que afinal estava marada!

10/04/2007

CONTRA O MARASMO!

Milhares de pessoas se manifestaram hoje sobre o facto de o "A Angústia do Avançado no Momento do Penalty" estar sem posts desde o mês passado! Bom... milhares não foram, mas aproximaram-se bastante das centenas... dezenas, vá... é verdade, é verdade, foi uma pessoa, mas muito grande... com bem mais de 1,50m e menos de 1,60m... e cerca de 50kg...



Como tal não podia deixar de vir aqui dar uma explicação para o caso. A realidade prende-se com o facto de a minha veia artística ter sido de repente levada para averiguações nos calabouços da PIDE imediatamente após ter escrito o "Heil Mein Komandante!". E a realidade é que a coitada foi torturada da forma mais vil possível: induziram-lhe uma lavagem cerebral sobre Salazar e o Estado Novo, obrigaram-na a ver aquilo como uma obsessão, mas uma obsessão má, que era errada e chata, e sobre a qual não valia a pena falar e comentar. Ou seja, a coitada mais não fazia do que pensar em dizer mal mas não dizer porque era chato, sem pensar em mais nada!

Eis que o MFA irrompeu como uma força demolidora e retirou de lá a coitada da minha veia, dizendo: "Estás salva! Agradece aos 42.739 novos reitores da Universidade Independente que não tomaram posse!" E ela lá voltou para casa, feliz e contente, liberta de pensamento e cheia de coisas novas para falar!

De entre todos os ex-novos-reitores-que-afinal-já-não-são, a minha veia gostou particularmente de Rodrigo Santiago, o homem que prometeu resolver o problema da Independente amanhã (neste caso, na quarta-feira passada, pois ele falou à rádio na terça). Um homem que aceitou logo o cargo, apesar de haver dúvidas se efectivamente terá sido convidado, pois à pergunta "quem o convidou para reitôr da universidade?" respondeu com um convencido "foi um membro da SIDES, do qual não sei o nome!"

Cá está! Um homem quer apresentar trabalho, preocupado com uma situação de tal maneira que procura acima de tudo FAZER sem se preocupar com pormenores como quem é que o vai empossar do cargo! Se bem que fazer amanhã aquilo que devia estar resolvido hoje não seja de todo boa política...

PS: anda tudo à nora pois ninguém sabe onde anda nem de onde saiu o diploma do Sr. Sótraste. É já gritante a incompetência e falta de raciocínio lógico dos portugueses! Não é óbvio que lhe saiu na Farinha Amparo???