14/06/2007

SANTO ANTÓNIO DE TODOS OS PORTUGUESINHOS!

Como manda a tradição, lá fui eu todo lampeiro mais a minha malta para gozar mais uma noite de Stº António. Todos os anos, lá vamos nós pelas ruas da cidade até aos Bairros mais típicos (normalmente Bica ou Graça/Alfama/Mouraria) a comer umas sardinhas ou umas bifanas e a beber a bela da loirinha.



Ora este ano não foi excepção. Saímos de casa por volta da meia-noite, por imperativos de horário laboral e só regressámos já passava bem das 5 da matina. Seguimos até à Graça e descemos até Alfama, onde fizémos o primeiro reabastecimento. Depois, seguimos pelas ruas estreitas até à Mouraria, onde parámos no bailarico, não sem antes reabastecer outra vez. Depois do pé de dança ao som de clássicos da música de discoteca como "Aperta com ela" e "A Cabritinha", lá tivemos de aviar mais umas impíricas e seguimos depois Mouraria abaixo até ao Campo das Cebolas, onde fizémos outro pit-stop, com direito a troca do óleo para os pilotos femininos. Depois, toca a subir novamente, desta vez pela parte de Alfama. Parámos então para comer uma sola de sapato no fermento (uma bifana num pão de há 15 dias atrás), bebemos mais uma e seguimos caminho, aos pulinhos e a cantar. Parámos ao pé da Sé para a última rodada da noite. Depois, foi meter os pés a caminho até casa.



No entanto, o que guardo do Stº António é que está a perder a ideia de "Santo Popular", pois em 70% dos sítios onde há barraquinhas a vender a sardinha e a bifana a música que toca é o famigerado "buts-buts-buts" dos DJ's da moda, tendo inclusivé alguns bares colocado um palco na rua com um DJ lá em cima, fazendo do pátio uma discoteca de rua. Ora até me podem chamar carêta, mas eu quando vou para os Santos Populares quero é música salôia para estar aos saltinhos e a cantar em altos berros.



Além disso, mantem-se a tradição: com tanto sítio por onde escolher, conseguimos sempre ir onde se serve pior e onde há sempre um problema qualquer para se ser atendido.

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