10/07/2014

MEIA FINAL - HOLANDA 0-0 ARGENTINA - ZZZZZzzzzzz... ZZZZZZzzzzz... HUM?!?! HEIN?!?! JÁ ACABOU?! ÓPTIMO!


Provavelmetne, nunca uma crónica de uma meia final terá sido tão fácil de escrever. Mas o pior de tudo é que nem há muito a dizer, pois estamos perante duas selecções que renegaram todo o seu passado de brilhantismo futebolístico para optar por uma fórmula que nem sequer se pode considerar de resultadista sem ofender Giovanni Trapattoni!

A Holanda foi fulgurante com a Espanha e se colocou-se desde a primeira jornada sob os olhos gulosos de quem gosta de futebol, pois apesar de colocar os seus jogadores em campo numa prespectiva de marcha atrás, a verdade é que permitiu a libertação da magia de Wesley Snijder, Arjen Robben e Robin Van Persie. O problema é que ao segundo jogo já percebíamos que afinal o 5-1 aos campeões mundiais mais não foi que aproveitar o desmoronar físico de Xavi, Iniesta e companhia, com exibições ganhadoras mas pouco cativantes e demasiado amarradas nos restantes jogos. Isso foi principalmente notório nos jogos a eliminar, em que derrotaram o México com um penalti que divide opiniões nos minutos finais e derrotaram a Costa Rica nos penaltis, mais com jogo mental que com jogo jogado.


A Argentina não foi muito melhor. A diferença para a Holanda é que venceu todos os jogos até esta meia-final, mas sempre pela margem mínima, sempre com exibições fracas, sempre com dificuldade... mas venceu. Ficou a sensação de que cumpriu os requisitos mínimos, mas que também não tinha capacidade para ir mais além se necessitasse. A realidade é que Messi desbloqueou um empate já de si generoso com o frágil Irão, derrotou a Suíça quando já "cheirava" a penaltis e acabou por fechar-se no seu meio-campo contra a Bélgica após um golo aos 7 minutos.

Por isso, hoje defrontaram-se duas equipas cujo principal objectivo era não perder. E foi isto, durante 120 minutos, com alguns lances de frissom (mal seria), duas oportunidades claras para a Argentina e uma para a Holanda, com Messi fora do jogo, Van Persie a fazer-lhe companhia onde quer que estivessem e Robben a ser o único que realmente vestiu o equipamento e tentou qualquer coisa. O sumo que se extrai deste jogo, demasiado fechado, demasiado equilibrado defensivamente, demasiado temerário e espectante pelo erro do adversário, é tão curto que no fim o copo está tão vazio que o melhor que se pode dizer é que passou a equipa que melhor marcou as grandes penalidades.

Sem comentários: