14/07/2014

FINAL - ALEMANHA 1-0 ARGENTINA: CHAVE DE OURO DE GOTZE PÕE TAÇA DO MUNDO NO COFRE ALEMÃO!


Que melhor maneira de fechar o melhor Campeonato do Mundo dos últimos 30 anos com um jogo pleno de emoção, mas onde ficou patente quem era melhor, quem era mais equipa, quem mais queria ganhar, do primeiro ao último minuto. E no fim, justiça seja feita, essa equipa ganhou: a Alemanha.
 

Dois estilos distintos na forma de abordar o jogo e procurar o êxito deram-nos 120 minutos de futebol intenso, não muito espectacular, mas que fez qualquer amante do jogo ficar pregado à televisão. E no Mundial dos golos bonitos e dos grandes guarda-redes só podíamos desejar que a Final tivesse tudo isso... e teve.
 

Manuel Neuer foi efectivamente o GRANDE guarda-redes deste Mundial, apostando na sobriedade e na análise prévia e pormenorizada aos lances contra a espectacularidade de outros. A confiança que um guardião destes dá aos seus colegas da defesa permite que toda a equipa trabalhe de forma mais confiante o processo ofensivo, pois sabe que se algo correr mal na transição defensiva está lá Neuer. E se analisarmos bem, os falhanços de Higuain e Palacio são claros exemplos de intimidação prévia.

Sabella montou a equipa como sempre montou, num estilo de "segura atrás e fé em Messi", visto que nem Di Maria estava disponível e Enzo não é de todo um desequilibrador pelo flanco. E se a Argentina teve a capacidade para importunar a Alemanha nos pequenos periodos iniciais de cada parte dos 90 minutos, a realidade é que a Alemanha usou a sua capacidade de passe para ir moendo os Argentinos e a oito minutos do fim dar a estocada final, com um golaço de Gotze, após 112 minutos em que foi claramente superior a Messi e seus companheiros.

Se é verdade que acho que esta Argentina pode jogar mais e menos cinicamente que aquilo que demonstrou neste Mundial, também acho que provavelmente a alviceleste era a selecção com menos qualidade geral das quatro que chegaram às meias-finais. O processo de Sabella deu-lhes o vice-campeonato, que é para todos os efeitos meritório, mas fica a ideia que uma selecção tão retraída poderá ter inclusivamente prejudicado Lionel Messi, que não foi nem de perto o melhor jogador do Mundial.


Esse prémio, para mim, deveria ter sido entregue a Arjen Robben, que foi o jogador mais decisivo em permanência de todos os que estiveram no Brasil. É pena que o Génio de Vidro, que apresentou uma invulgar resistência, não tenha a mesma máquina de marketing de outros e não seja visto pelas entidades competentes como o fantástico jogador que é!

E para terminar, resta-me dizer que este mês que passou já me deixa muitas saudades...


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