26/03/2009

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Um dos melhores albúns de sempre (na minha humilde opinião) foi reeditado esta semana, 18 anos depois da sua primeira edição. Era um daqueles álbuns que se começa a ouvir, vão passando as faixas e nós vamos continuando a ouvir e a voltar ao início para ouvir novamente tudo de fio a pavio.

O "TEN" foi para mim o grande álbum dos Pearl Jam. A banda de Eddie Vedder passou depois por aquilo que chamo de uma "U2tização". Não, nunca seria capaz de dizer que os Peal Jam se quiseram tornar nos novos U2 (para isso basta todas aquelas pseudo-grandes bandas que apareceram e morreram das quais nem vale a pena falar), mas sim que mudaram qualquer coisa que levou a que eu particularmente marcasse uma fronteira entre esses albúns e os seguintes, fronteira essa que separa o excelente do indefinido.



E é curioso verificar como o periodo temporal é semelhante, com a diferença que os U2 tinham muitos albúns antes do "Achtung Baby" (que juntamente com o "Joshua's Tree" e o "Ruttle and Hum" fazem o meu pódio dourado da carreira dos irlandeses) e o "Ten" era o album de estreia dos putos de Seattle. Verificamos que estes dois albuns foram lançados em 1991. Depois, em 1993, os Pearl Jam lançam o seu segundo album, "Versus", e os U2 lançam o "Zooropa". E eis que surgem dois albuns que apesar de terem algumas músicas muito boas, outras havia que tinham muito pouco sal... E daí em diante, como que entrei numa terra inóspita em que não identifico nada daquilo que gostava quer dos U2 quer dos Pearl Jam. Lá aparece um ou outro pequeno oásis mas que rapidamente se esgota, pois comparativamente com os "rios" de 1993 para trás, esse oásis não passa de uma "pequena ribeira".

Isto para muitos fãs é um sacrilégio (já que a religião tem estado tão em voga aqui no "Angústia...") mas é efectivamente o meu sentimento ao ouvir "Jeremy" e "I'm mine" ou "I Still Haven't Found What I'm Looking For" e "Vertigo"...

Tanta coisa para dizer que vou comprar o "TEN", pois a cassete que onde o tinha gravado já deve estar a caminho de Marte ou algo assim...

PS: Estou em processo de "Caretização", aquela fase em que se passa de um gajo "cool" e "prá frentex" para um velho careta. Quando se fala com saudade de albuns com 18 ou mais anos, bandas com 30 ou mais anos e se pensa que hoje em dia é pouca a música de jeito... quando eu era puto chamava a essas pessoas de "CARETAS"! =(

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